
Pertencia a um lugar onde nunca tinha imaginado estar.
Quando ele entrava e sorria tudo parecia se ter transformado. Não importava a forma como me sentia no momento ou como me iria sentir depois, ele conseguia agitar o meu mundo e arrepiar-me com a sua simples voz.
Perguntava-me como iria reagir a partir do toque, de um ingénuo toque de mãos ou de um sincero olhar que mais ninguém conseguia ver. Não encontrava resposta porque o meu pensamento era dele e o olhar dele era meu.
É tarde demais quando se tenta esconder. É cedo demais quando se é precipitado.
Talvez nunca se encontre um ponto de equilíbrio entre as sensações e as opções, entre o imaginar e o concretizar. Talvez a solução seja essa: fugir ao coração sem sequer tentar utilizar a razão para pensar.
Será que tudo aquilo chegou a existir mesmo?
Será que um dia durante os sonhos que tivemos em conjunto, durante as noites que adormecemos a segredar os nossos medos nos braços um do outro, durante todos os "amo-te" ditos, sentiste que para sempre é muito tempo?
Eu senti mas já não (consigo) sentir nada. Perdoa-me.
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