Faz uma curta paragem no tempo.
Escuta o caminhar das suas palavras e observa o escurecer do dia.
Enquanto ele sente que se quebrou tudo, ela nenhuma sensação tem.
A importância do construir palavras e do varrer as últimas partículas de alma são a única sensação que é de possível entendimento.
Ela pede um abraço e ele retribui com um longo toque.
Ele pertence-lhe no total da essência e no completar de um só corpo, de um só valor.
A respiração ficou acelerada e o olhar manteve-se secreto, só sentiu o tremor do aproximar da noite e do tempo a chegar ao fim quando o começo era de magia.
Até antes do último segundo, ele pede que o momento não tivesse fim e agora que chegou o último momento? Pediu-lhe o espírito, implorou protecção e suplicou pelo amanhecer em seu redor.
Agora foi tarde demais. Tudo tem um fim, tudo acaba por ter um sentido total de indiferença.
Talvez um desapego merecido e certamente um despedir da angústia de tempos.
Há alturas na vida em que os sonhos viram poeira e os pesadelos se tornam realidade.
Se pudesses viver para sempre, viverias por quem?
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