quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Sem adeus, sem despedidas.

É uma espécie de bilhete de despedida que tu não vais ler e que é escrito com a alma pequena, como os grãos com que é feito o café que está na chávena. É escrito, acima de tudo, com muito amor e muita força. E muito de mim, de ti e de nós. Mas não é escrito com tudo, porque como tu sabes, nunca ninguém vai saber de tudo. Nem mesmo nós. E talvez um pouco por causa disso, hoje tento ir embora da forma mais silenciosa possível. Para que não doe tanto, ou para que não pareça que dói, na alma de cada um. Na alma que guarda uma história, a nossa história. Da qual não me arrependo, nem quero que um dia penses e voltes a pensar em tal coisa. Na mesma alma que guarda o teu sorriso e os teus abraços, guarda a tua voz para quando as saudades a fizerem relembrá-la nas noites mais frias. Guarda o teu perfume, para quando passar numa rua mais movimentada e um perfume conhecido passar por ela, ela sorrir e lembrar-se de ti. Guarda os teus defeitos, para quando sentir saudades e lhe apetecer chorar, ela sorrir por eles serem tão teus. Tão difíceis. Tão nossos. Tu sabes. Duas almas que eu espero que não caiam no esquecimento uma da outra. Quem sabe um dia nos voltemos a reencontrar. Quem sabe, tudo isto fique mesmo por aqui. Duas almas que espero que um dia percebam que, por vezes, querer não chega e que esse “às vezes” não é assim tão raro quanto parece. Às vezes é preciso lutar. Às vezes é preciso ir-se embora. Sem dizer adeus, sem despedidas. Sem esqueceres, que eu quero-te tanto hoje quanto te quis na primeira noite que me abraçaste. 


terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Eu sou os pedaços de mim que levaram (...)

Eu sou os livros que leio, os lugares que conheço, as pessoas que amo.
Eu sou as orações que faço, as cartas que recebo, os sonhos que tenho.
Eu sou as decepções por que passei, as pessoas que perdi, as dificuldades que superei.
Eu sou as coisas que descobri, as lições que aprendi, os amigos que encontrei.
Eu sou os pedaços de mim que levaram, os pedaços de alguns que ficaram, as memórias que trago.
Eu sou as cores que gosto, os perfumes que uso, as músicas que ouço.
Eu sou os beijos que dei, sou aquilo que deixei e aquilo que escolhi.
Eu sou cada sorriso que abri, cada lágrima que caiu, cada vez que menti.
Eu sou cada um dos meus erros, cada perdão que não soube dar, cada palavra que calei.
Eu sou cada conquista alcançada, cada emoção controlada, cada laço que criei.
Eu sou cada promessa cumprida, cada calúnia sofrida, a indiferença que se formou.
Eu sou o braço que poucas vezes torceu, a mão que em muitas outras se estendeu, a boca que não se calou.
Eu sou as lembranças que tenho, os objectivos que traço, as mudanças que sofrerei.
Eu sou a infância que tive, sou a fé que carrego e o destino que reinventei.


“Sou egoísta, impaciente e um pouco insegura.  Cometo erros, sou um pouco fora do controle e às vezes difícil de lidar, mas se não sabes lidar com o meu pior, então, com certeza, não mereces o meu melhor!” 
Marilyn Monroe